Benedito Nunes (1929-2011) foi um dos mais ativos e prolíficos intelectuais brasileiros da segunda metade do século XX. Filósofo de formação, mas desde cedo atraído pela Literatura, Benedito Nunes foi crítico literário atuante em jornais como A Folha do Norte, Jornal do Brasil, Estado de São Paulo e Folha de S. Paulo. Professor de Filosofia na antiga Faculdade de Filosofia do Pará (atual UFPA), atuou como Professor Visitante em diversas universidades brasileiras e estrangeiras, foi um dos principais pensadores, no Brasil, do existencialismo e da hermenêutica. Escreveu obras capitais sobre autores como Guimarães Rosa (em O dorso do tigre), Clarice Lispector (O drama da linguagem), João Cabral de Melo Neto (João Cabral: a máquina do poema), Mário Faustino (1a. Organização da Obra Poética) e Martin Heidegger (Passagem para o poético). Nos últimos anos, escrevendo sempre a partir de sua(s) biblioteca(s) na casa de Belém, seus escritos abrangiam temas como a Amazônia e os animais.
LIS/UFF apresenta aqui uma pequena homenagem a Benedito Nunes. Trechos do documentário Benedito, que foi apresentado numa primeira versão no Festival de Brasília de 2010, mas que ainda estava “in progress”. Até então, tentamos nos aproximar de Benedito como quem busca um diálogo. Que estava apenas começando.
Rio de Janeiro, 27 de fevereiro de 2010.
Adalberto Müller
N.B. Uma excelente publicação sobre a obra e ao pensamento de Benedito Nunes é o número especial Benedito Nunes da revista Asas da Palavra (v. 12, n. 25, 2009). As obras de Benedito Nunes vem sendo republicadas por editoras como a Companhia das Letras e a Editora 34, sob supervisão de Victor Sales Pinheiro.